Bruna Camargo | 13 de setembro de 2025 - 11h15

Momento é de entrada em fundos imobiliários de 'tijolo', não de saída, diz sócia da Rio Bravo

Com a expectativa de corte nos juros, cotas de fundos imobiliários podem se valorizar, trazendo ganho além dos dividendos mensais.

ECONOMIA
A sócia e diretora de Investimentos Imobiliários da Rio Bravo, Anita Scal

Quando os juros estão altos, muita gente prefere deixar o dinheiro na renda fixa, como CDBs e Tesouro Direto. Já os fundos imobiliários (FIIs), que investem em imóveis como galpões, shoppings e escritórios, acabam ficando de lado. O resultado disso é que muitas cotas ficam mais baratas do que realmente valem.

Segundo Anita Scal, diretora da Rio Bravo, esse é justamente o momento de olhar para os FIIs. “Os imóveis continuam gerando renda todo mês, mas as cotas estão em desconto. Quando os juros começarem a cair, essas cotas tendem a subir, e o investidor pode ganhar também com a venda delas”, explica.

Na prática, isso significa que quem já recebe a “renda mensal isenta” dos FIIs — o aluguel pago pelos fundos aos cotistas — pode ganhar em dobro: recebe a renda e, se quiser vender suas cotas depois, pode lucrar com a valorização.

Mas é bom ter cuidado. Tatyana Wolff Katalan, gestora do Itaú Asset, lembra que FIIs não são renda fixa. O valor das cotas pode subir ou cair. “Muitos compram só pelo rendimento mensal, mas esquecem que as cotas oscilam. É preciso saber o que está comprando”, alerta.

Um dos setores mais promissores, segundo Tatyana, é o de logística. Com poucos galpões disponíveis para aluguel, os preços sobem, e isso favorece os fundos desse segmento.

Em resumo:

- Quem já investe pode se beneficiar duas vezes — com a renda mensal e com a valorização das cotas.

- Quem pensa em começar deve lembrar que os FIIs são renda variável: podem oscilar, mas têm boas perspectivas com a queda dos juros.